quarta-feira, 8 de junho de 2016

Uma Seleção com uma aura especial

Ronaldo e Quaresma têm espalhado alegria e fantasia
Está encontrado o onze. Pelo menos, tenho poucas dúvidas de que, aqueles que começaram o particular diante da Estónia, serão mesmo os titulares no primeiro jogo do Euro-2016, frente à Islândia.

Além do bom entendimento que exibem, nota-se que são os jogadores nacionais em melhor forma. Mesmo não tendo sido titulares na esmagadora maior parte do apuramento, Cédric, Raphael Guerreiro, José Fonte, Danilo, André Gomes, João Mário e Quaresma apresentam atualmente mais condições do que a concorrência.


Aquele 4x4x2 desdobrável em 4x3x3 tem dinâmica, muito por culpa da qualidade técnica e versatilidade tática dos craques. Quaresma apareceu muitas vezes como falso ponta de lança, mas foi em espaços exteriores que espalhou magia. Cristiano Ronaldo apontou dois golos no coração da área, mas não se fixou nela. João Mário e André Gomes foram aparecendo pelos corredores laterais, mas também por dentro, desempenhando papéis semelhantes aos que têm nos respetivos clubes. E tudo isto, que à primeira vista pode parecer uma grande confusão, feito de forma ordenada e até com alguma nota artística.

Mas esta Seleção ainda é mais do que isto. Há uma aura especial em torno dela. Do cinzentão Paulo Bento passou-se ao bonacheirão Fernando Santos. O discurso dos jogadores é mais colorido. Há confiança no ar. Cristiano Ronaldo aparenta estar em grande forma. Muitos jovens têm estado a aparecer. E, sobretudo, nunca se falou tanto em ganhar uma grande competição como agora.

Notou-se esta nova aragem até nos suplentes utilizados. Um futebolista conceituado como Nani entrou como deve entrar: não insatisfeito, mas inconformado com o estatuto secundário. E como ele, Vieirinha, William Carvalho, Ricardo Carvalho e Renato Sanches também mostraram que não deram os lugares como perdidos. E ainda há Éder, que finalmente tem marcado e provado que pode ser opção em partidas onde for solicitada de uma forma mais vincada a presença de um ponta de lança puro.

Olhando para o tal onze que começou diante da Estónia, vemos dois jogadores do Sporting, dois do Southampton, um do Lorient, um do Porto, um do Besiktas, um do Valência e um do Mónaco. Apenas dois, Pepe e Cristiano Ronaldo, estão num verdadeiro colosso europeu, o Real Madrid. Parece pouco para quem há poucos anos tinha uma Seleção Nacional composta quase exclusivamente por craques que representavam as principais formações do continente, como Chelsea, Manchester United ou Barcelona. Mas há que ter em conta que será apenas uma questão de tempo para João Mário, Raphael Guerreiro e André Gomes, por exemplo, darem o salto e, aí sim, teremos futebolistas com mais ‘nome’.



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