segunda-feira, 29 de julho de 2013

EURO 2013 (Sub-19) | Sérvia 2-2 (3-2 g.p.) Portugal

uefa.com
Esta tarde, no Estádio Sir Darius ir Sir Girenas, em Kaunas, a Sérvia derrotou Portugal por 3-2 nas grandes penalidades, depois de 2-2 no final do prolongamento. Djurdjevic e Gacinovic apontaram os golos sérvios, e Bernardo Silva e Alexandre Guedes os portugueses. Mitrovic cobrou o penalty decisivo.


Eis a constituição das equipas:


Sérvia


A Sérvia terminou o Grupo B em 1º lugar, com sete pontos.
A seleção dos Balcãs é a mais amarelada da competição: dez advertências.
Meleg, Lukovic, Mitrovic e Pavlovski marcaram os golos na prova.
Vojvodic falhará o encontro, por suspensão.


Portugal


Portugal ficou em 2º no Grupo A, com seis pontos, apenas atrás da Espanha.
A seleção lusa tem o melhor ataque deste Europeu de Sub-19: oito golos marcados!
Alexandre Guedes (2), Ricardo Horta, Leandro Silva, Marcos Lopes, Tobias Figueiredo e Carlos Mané apontaram os tentos na prova.


Cronómetro:

6’ Djurdjevic inaugurou o marcador com um bom cabeceamento, após cruzamento de Golubovic.


8’ Mitrovic ganhou algum espaço e rematou colocado, mas por cima.

23’ Mitrovic conseguiu ultrapassar Tobias Figueiredo e João Cancelo, mas depois, já com pouco ângulo, acertou na malha lateral.

Sérvia melhor no encontro. Portugal pouco agressivo.

33’ Ricardo Horta substituiu Leandro Silva.

Inversão do triângulo do meio-campo luso: Podstawski mais atrás, e Bernardo Silva e Marcos Lopes à frente.

Intervalo.

49’ Cruzamento/remate de Rafa para intervenção de Rajkovic.

54’ Marcos Lopes chutou para fora.

55’ Bernardo Silva tabelou com Ricardo Horta e restabeleceu a igualdade.


62’ Drulovic trocou Lukovic por Meleg.

68’ Urosevic rendeu Antic.

76’ Marcos Lopes atirou para defesa de Rajkovic, e na recarga Alexandre Guedes acertou no poste.

77’ Hélder Costa substituiu Carlos Mané.

79’ Na resposta a um cruzamento de Rafa, Alexandre Guedes cabeceou para o 1-2.


80’ Entrou Gacinovic, saiu Djurdjevic.

85’ Gacinovic encontrou espaço na área portuguesa, nas costas de Rafa e depois de ter tirado Edgar Ié do caminho, e voltou a restabelecer o empate.


Fim do tempo regulamentar.

Inicio do prolongamento.

104’ Marcos Lopes rematou muito torto.

Mesmo sem arriscar muito, era Portugal quem mais procurava o golo. A Sérvia tentava sobretudo apostar em futebol direto.

No Intervalo do tempo extra, João Teixeira substituiu Bernardo Silva.

109’ Hélder Costa atirou ao lado.

Final do prolongamento.

Decisão nas grandes penalidades:
0-1               Edgar Ié;
Pavlovski acertou no poste;
0-2               Ricardo Horta;
1-2 Milinkovic-Savic;
Alexandre Guedes permitiu a defesa de Rajkovic;
Bruno Varela defendeu remate de Meleg;
Rafa atirou para fora;
2-2 Gacinovic;
Rajkovic defendeu penalty de João Teixeira;
3-2 Mitrovic.

A Sérvia qualifica-se assim para a final do Europeu de Sub-19.


Análise:

A Sérvia entrou melhor no encontro. Acusou menos ansiedade, foi mais agressiva e conseguiu praticar um futebol mais fluído, e por isso chegou à vantagem logo aos 6’, por Djurdjevic, correspondendo da melhor forma a um cruzamento de Golubovic.
A seleção dos Balcãs continuou a superiorizar-se, perante os comandados de Emílio Peixe que pareciam não ter soluções ofensivas.
Pouco depois da meia hora, o técnico português lançou Ricardo Horta e inverteu o triângulo do meio-campo, jogando apenas com um trinco e dois jogadores criativos como médios-interiores. Os efeitos desta alteração sentiram-se sobretudo na segunda parte, em que a formação lusa foi superior e conseguiu virar o resultado, por intermédio de Bernardo Silva e Alexandre Guedes, em dois bons lances coletivos.
No entanto, quando já se pensava que a presença na final estava já garantida, Gacinovic apontou o 2-2 a cinco minutos do fim e levou a decisão para o prolongamento.
Nos 30 minutos que se seguiram, os sérvios procuraram um futebol direto enquanto que os portugueses foram quem mais tentaram evitar a decisão nos pontapés da marca de grande penalidade, mas não houve golos e a decisão seguiu mesmo os penaltys, onde a Sérvia foi mais feliz.


Analisando os atletas em campo, começando pelos da Sérvia
Rajkovic (FK Jagodina), muito seguro, resolveu com serenidade e até alguma classe uma situação em que foi obrigado a driblar um atacante português, aos 12’, e defendeu duas grandes penalidades decisivas;
Golubovic (OFK Beograd) fez o cruzamento para o 1-0; Veljkovic (Tottenham) esteve assertivo; Filipovic (FK Jagodina) deixou-se antecipar por Alexandre Guedes no lance do 1-2; e Antic (Rad Beograd) saiu a meio do segundo tempo, devido a queixas físicas;
Maksimovic (?) é um médio muito trabalhador; Milinkovic-Savic (FK Vojvodina) foi perdendo gás e agressividade ao longo do encontro; e Pavlovski (OFK Beograd) foi dos que mais cedo acusou o desgaste;
Djurdjevic (Rad Beograd) inaugurou o marcador, com um belo cabeceamento; Lukovic (BASK Belgrado) tem um bom pé esquerdo, gosta de fletir do flanco para a zona central, mas foi o menos participativo entre os homens do ataque; e Mitrovic (Partizan) é um avançado de grande capacidade física e técnica, que apontou o penalty decisivo;
Urosevic (Rad Beograd), habitual médio de características defensivas, entrou para o lugar de lateral-esquerdo; Meleg (Ajax) não apareceu tanto quanto se desejaria; e Gacinovic (FK Vojvodina) deu alguma dinâmica e apenas precisou de cinco minutos em campo para marcar.


Quanto aos jogadores de Portugal
Bruno Varela (Benfica) não teve qualquer tipo de responsabilidades nos golos sofridos;
João Cancelo (Benfica) subiu com frequência pelo seu flanco, procurando muitas vezes cruzar para o interior da área; Tobias Figueiredo (Sporting) e Edgar Ié (Barcelona) foram algo passivos na sua colocação e abordagem a todo o lance que deu o 1-0 à Sérvia, tendo o segundo sido ultrapassado com alguma facilidade por Gacinovic, no segundo golo dos sérvios; e Rafa (FC Porto) deu profundidade ao seu corredor, sobretudo na segunda parte, onde fez o cruzamento para o 1-2, mas deixou que Gacinovic aparecesse nas suas costas, na jogada do 2-2;
Leandro Silva (FC Porto) e Tomás Podstawski (FC Porto) entraram pouco agressivos no encontro, tendo o primeiro sido sacrificado ainda na primeira parte; e Bernardo Silva (Benfica) apontou o 1-1;
Carlos Mané (Sporting) foi influente na jogada do primeiro tento português; Marcos Lopes (Man. City) mudou-se para o miolo após a entrada de Ricardo Horta, aparecendo mais no jogo a partir de então; e Alexandre Guedes (Sporting) esteve desapoiado, mas ainda assim, apontou o segundo golo minutos depois de ter acertado no poste;
Ricardo Horta (Vit. Setúbal) entrou para o corredor direito, e fez a assistência para o golo do empate; Hélder Costa (Benfica) acrescentou alguma dinâmica; e João Teixeira (Benfica) refrescou o miolo.

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