segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

TNA | Final Resolution 2010



Data: 5 de Dezembro de 2010
Arena: TNA Impact! Zone
Cidade: Orlando, Florida




Beer Money (James Storm e Robert Roode) vs. Ink Inc. (Jesse Neal e Shannon Moore)
Muito mas mesmo muito bom combate, foi uma excelente contenda de tag team. Tivemos uma estrutura de combate muito simples e sólida, com os “faces” a começarem a dominar porque supostamente são melhores, mas como os “heels” a conseguirem vantagem de um modo algo sujo e a construir o “hot tag” dos Ink Inc. para depois chegarmos à parte das “near falls” e da fase “hot” do combate, em que parecia que ele poderia acabar a qualquer momento, sobretudo com o “teaser” de que iríamos ter o “finisher” dos homens tatuados. Assim é que se faz um combate de tag team, com uma equipa que é melhor que já se viu em “main stream” nos últimos anos e outra que me está a surpreender muito pela positiva, e nem precisámos de ter “spots” sem sentido e “double teams” em que parece que as regras do combate são esquecidas, e embora a vitória dos Beer Money fosse esperada, eles souberam dar emoção e entretenimento à coisa. Os meus parabéns!
Vencedores: Beer Money (James Storm e Robert Roode)


Mickie James vs. Tara (Falls Count Anywhere match)
Confesso que já estava a ser chatinho ver estas duas andarem à pancada Impact atrás de Impact desde o último PPV, e aqui souberam resolver isto de uma forma muito boa, credível e até muito entretida. Confesso que ri que me fartei quando vi ali uns “spots” no WC dos homens. O que fazia Madison Rayne ali? Bem, há que relembrar que foi Tara que levou Mickie para lá quando também podia ter entrado no WC das mulheres, ou seja, tal como Tazz disse, foi um “game plan”.
Vencedora: Tara


TNA X Division Championship - Robbie E (c) vs. Jay Lethal
Um combate que me surpreendeu pela positiva, devido à sua construção bastante sólida. Só não percebi o que Shark Boy tinha a ver com aquilo mas enfim. Tivemos a fase inicial em que Lethal mostrou ser melhor, Robbie recupera vantagem para construir os “hope spots” e o “comeback” de Lethal, e depois, na fase quente do combate, a conclusão do mesmo que dá a ideia de que o antigo campeão terá uma nova oportunidade, o que abre a porta do cinto a Kaz, podendo haver uma “Three Way Dance” no Genesis, conforme o meu colega Comet tinha previsto antes do PPV.
Vencedor: Robbie E (DQ)


RVD vs. Rhino (First Blood match)
Confesso que este combate foi muito melhor que a trapalhice pegada a que assistimos no Turning Point entre RVD e Dreamer. Os dois lutadores sabiam que iam para um “First Blood Match” e começaram a contenda direitos à testa um do outro, mas especialmente Rhino, ao ver que RVD arranjava sempre maneira de fugir, começou a aplicar golpes que mesmo não afectando a potencial zona de aparecimento de sangue, cortava a energia ao adversário, tornando-o mais vulnerável a murros, pontapés e outros movimentos que podiam fazer aparecer esse liquido vermelho. RVD foi fazendo o mesmo e por isso tivemos um combate muito bem construído e nem precisou de ser “spotty” para entreter os fãs.
Vencedor: Rob Van Dam


TNA Television Championship - AJ Styles (c) vs. Douglas Williams
Um excelente combate, que só não foi melhor porque o estatuto de “heel” de AJ parece que não tem muita influência no público, visto que continuam a olhar para ele como o homem da casa que faz coisas fenomenais, e têm razão, AJ deveria ser o “top face” da TNA porque ele é tudo o que a companhia representa e deveria ser o herói, o autêntico “poster boy” da promotora. Enfim, gostei da parte inicial em que ambos mostravam conhecimento um do outro e que por isso conseguiam prever o que cada um ia fazer, foi mesmo muito bem trabalhada. Foi um grande combate, e com um final que promete revolta para Styles, embora tenha faltado apenas uma maior identificação do público com o AJ “heel” e Douglas “face” para que fosse perfeito, e isso poderia ser melhor trabalhado no combate, não foi, mas não deixou de ser muito bom.
Vencedor: Douglas Williams (novo campeão)


TNA World Tag Team Championship - Motor City Machine Guns (Alex Shelley e Chris Sabin) (c) vs. Generation Me (Max e Jeremy Buck) (Full Metal Mayhem match)
Ok, podemos considerar isto um bom espectáculo, de facto, um grande espectáculo, mas poderemos considerar isto bom wrestling? Wrestling é “storytelling”, e um TLC basicamente não é bom pelo número de manobras incríveis que temos, mas sim pela emoção dada e pelos “teasers” de que poderemos ter lutador x ou y a vencer um combate. Aqui tivemos um despejo de manobras acrobáticas que fazem delirar toda a gente, mas com uma história a ser contada de uma forma bastante fraca, até porque o Alex Shelley supostamente lesiona-se na perna e esquece-se de vender a lesão e já estava pronto para voar mais 300 vezes, o Max Buck levou que se fartou enquanto estava encurralado num escadote e lá estava ele pronto para a outra pouco tempo depois e como estes exemplos temos ainda mais. Fazer um bom TLC sem descredibilizar o “selling” não parece muito difícil, e em tag team ainda menos, o Tazz que geralmente é muito bom a vender aquilo que se passa em ringue só dizia “Wow, wow, wow”, isto quer dizer alguma coisa, aquilo não era bom wrestling, mas sim, era um grande espectáculo na mesma, mas nunca bom wrestling. O Mike Tenay disse que colocar uma mesa em cima de escadotes para chegar aos cintos nunca se tinha visto, ai não? É favor ver um dos combates entre os Hardys, Edge & Christian e Dudleyz na Wrestlemania que eles fizeram o mesmo.
Vencedores: Motor City Machine Guns (Alex Shelley e Chris Sabin)


The Pope vs. Abyss (Casket match)
Um “Casket Match” já é um combate que dificilmente é entretido e até acho que nos dias que ocorrem já não faz muito sentido, sobretudo quando a “gimmick” dos lutadores até nada tem a ver com isso. Confesso que não gostei muito, devido a alguns aspectos em que os intervenientes revelaram não estar prontos para um “gimmick match” que não lhes diz nada. Com a “feud” como está e sendo um “underdog”, fazia sentido o Pope pegar em objectos para tentar obter vantagem, mas em vez disso tentou fazer wrestling propriamente dito com Abyss, o que resultou num “overselling” do monstro ao ser levantado com facilidade e ao ser enviado ao chão não se fazendo notar a diferença de tamanhos.
Vencedor: Abyss


Samoa Joe vs. Jeff Jarrett (Submission match)
MCMG e Generation Me, meus meninos, aprendam como Samoa Joe o que é “selling”, o homem vendeu a lesão na perna o combate todo! O combate até pode não ter sido muito entretido, mas gostei de alguns pormenores da construção do mesmo, com Joe a fazer jus a máquina de submissão que é ao mostrar que estar no chão não é necessariamente uma má posição para um combate do género. Se estou insatisfeito com o “job” de Joe? Bem, eu espero estar a perceber a intenção, formar um grupo “anti-Immortal” e esse grupo só se formará se as coisas estiverem a correr mal e precisarem da união para se fazer a força. É isso que espero com Joe, Pope e mais alguns camaradas. Qualquer coisa que não seja isso irá desiludir-me.
Vencedor: Jeff Jarrett


TNA World Heavyweight Championship - Jeff Hardy (c) vs. Matt Morgan (No DQ Match, Mr. Anderson como árbitro)
Aqui se viu o quão limitado é Jeff Hardy, o homem no ringue simplesmente não sabe ser “heel”. Todo aquele trabalho de carregar um combate, ajudar a criar os “hope spots” e o “comeback” é coisa que ele não sabe fazer e que basicamente não aconteceu neste combate. Matt Morgan como também não é propriamente dos homens mais inteligentes que se vêem no “business”, tratou de despejar o seu “move-set” quase todo rapidamente e o combate ficou ali algo morto, quando até tinha algo para pegar como a lesão do “DNA of TNA” na perna. Vimos quatro “Twist of Hate”, manobra cada vez mais descredibilizada, e só no último, numa cadeira, é que finalmente Hardy conseguiu a vitória. Segundo algumas noticias, o campeão da TNA chegou ao evento com uma bebedeira… e sendo o campeão a bandeira de uma companhia, o melhor que têm a fazer é tirarem-lhe o cinto rapidamente.
Vencedor: Jeff Hardy

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